frustração é uma merda incrível mesmo, né.
estava descendo a rua augusta pra encontrar um amigo. uma sexta feira dessas qualquer, muita gente na rua... como se diz: "a rua cheia de NINGUÉM", se é que me entende; no mp3 player, rolando Husker Du. adoro Husker Du, de verdade, é uma das minhas preferidas... mas não sei se Husker Du é apropriado pra se ouvir numa sexta-feira a noite indo pra um rolé. me entenda: o Husker Du foi uma das minhas grandes influências no meio musical alternativo. acabei ouvindo e decorando fase por fase que esse trio passou dentro do hardcore mais extremo ao pop mais "emo", pra se ter uma abrangência mais moderna e compreensiva do trabalho deles nos dias de hoje; mas dentro disso, uma coisa eu digo: quando eles resolviam serem deprês, eles levavam isso ao pé da letra!...
enfim, a coisa toda culminou desse jeito: de repente eu tava descendo a augusta e de repente, mais que de repente, resolvi ir pra casa. o ônibus já tinha acabado. mas ok, fui a pé mesmo. nem pestanejei, preferi ir pra casa a pé do que ficar e encontrar meu amigo pra papear e beber mais.
é assim: de repente você está bem, acha que está com seus problemas e temores sob controle, e de repente tudo muda com a intensidade de uma supernova. "boom" na cabeça e pronto, muda tudo. ir pra casa é a melhor opção nessa hora, sem falar com ninguém, só com seus pensamentos livres e diretos, só pra si mesmo. não é nada demais, life goes on e bola pra frente, amanhã é outro dia, porra!
não que eu goste de ser "bipolar" assim comigo mesmo. de fato é quase um transtorno obssessivo-compulsivo, porra: você se influencia e se deixa envolver assim com seus próprios pensamentos de forma que muda seus planos já no meio do caminho. é foda, eu sei. mas é o meu jeito. eu sei que pode ser moldado, mas... ainda me falta um pouco de força de vontade. não me importo: quando eu cansar de bater com a cara no muro, de dar soco em ponta de faca... eu mudo. senão, a velhice se encarregará de mudar isso. por enquanto, i can't help myself. period.
***
ah sim! a música era mais ou menos assim:
"It's a great big world
There's a million other guys
I feel so lucky when I look in those green eyes
Is it the sun that makes them so green?
Is it the sun that makes them so green?
Those are the prettiest eyes
I have ever seen
Green eyes...
What makes them sparkle?
What makes them shine?
What makes those eyes of yours look into mine?
Green eyes..."
2 coffee junkies:
po mano, me identifiquei, as vezes prefero uma caminhada a pé com fones do uns roles sentado e inchando de alcool.
22 de junho de 2008 às 22:49sentimento brutal. caminhamos rumo ao nada, mesmo que estejamos voltando para casa. na verdade, o lar se torna o local de segurança. isso é interessante. parece que nos sentimos atacados. não externamente, mas principalmente, internamente.
24 de junho de 2008 às 23:08Postar um comentário