um pouco do calor dela
que sobe da sua pele macia
geralmente eu sei o que quero, só não sei como conseguir
talvez noites frias em Juneau
talvez tardes quentes em Barcelona
geralmente eu consigo, só não sei o que quero
é uma questão de tempo, eu sei.
respiro cada lufada de ar, dou um passo maior do que a perna, boto a carroça na frente dos cavalos
alcanço de um meridiano à outro com um abraço, com folga nas mãos
questão de tempo
agora
no momento
só me basta um pouco do gim e do jazz
e dela, a pele macia
pra aquecer essa noite fria
***
minha idéia sobre poesia é a seguinte: em demasiado, poesia é um saco. o lance é que eu prefiro a parte analítica e descritiva da linguagem, e às vezes - ou quase sempre - me parece que poesia dá muitas voltas e não chega a lugar nenhum. mesmo porque parece que essa é a função da poesia: enfeitar o que era direto.
mas é bonito. Manuel Bandeira por exemplo, é bonito. encaixe perfeito de palavras. trabalhar o anagrama de cada palavra pra que se tornasse criptografado os sentidos místicos de cada frase. às vezes ele demorava até 15 anos numa única poesia. eu NUNCA seria Manuel Bandeira, mesmo que não fosse amador. estou mais pras poesias "freestyles" do Bukowski, aquele jeito "chinaskiano" de botar as palavras. acho que por isso mesmo que como poeta, ele deu um ótimo cronista...
mas é bonito. Manuel Bandeira por exemplo, é bonito. encaixe perfeito de palavras. trabalhar o anagrama de cada palavra pra que se tornasse criptografado os sentidos místicos de cada frase. às vezes ele demorava até 15 anos numa única poesia. eu NUNCA seria Manuel Bandeira, mesmo que não fosse amador. estou mais pras poesias "freestyles" do Bukowski, aquele jeito "chinaskiano" de botar as palavras. acho que por isso mesmo que como poeta, ele deu um ótimo cronista...
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